PREGUIÇA

A PRIMAVERA APARECEU VESTIDA DE CINZA, NUM CÉU CHEIO DE NUVENS, QUE NÃO ME PERMITIAM RECEBER O ABRAÇO DO SOL, TORNANDO O DIA FRIO COMO O DE UM INVERNO QUE TEIMAVA EM DESOBEDECER AS FLORES, GUARDIÃS DA PRIMAVERA! EU DE NOVO NO VARANDÃO, OLHAVA MEUS PENSAMENTOS E ENXERGAVA EM MINHA FRENTE A SERRINHA NO MEU SENTIR, MUTANTE, POIS ANTES TÃO PROTETORA PAISAGEM, HOJE TÃO CAUSTROFÓBICA, ME VEDANDO DO OLHAR E DOS PASSOS NOVOS HORIZONTES! FIQUEI PENSANDO, AQUI COM OS MEUS OCULOS, SE A PROTEÇÃO EM DEMASIA, NÃO SERIA A MÃE DA CAUSTROFOBIA. COM UM PEDIDO DE PERDÃO PELA MEDIOCRIDADE DA RIMA E DA FILOSOFIA, MEU CORAÇÃO CONTINUA INSPIRANDO MEU PENSAR. UM PÁSSARO QUE NÃO VEJO MAS OUÇO, TENTA COM UM CANTO BONITO CHAMAR A FEMEA, QUE FINGE NÃO OUVIR, PREGUIÇOSAMENTE COCHILANDO EM UM GALHO QUALQUER. O VENTINHO FRIO, INSISTE AFUGENTANDO O PÁSSARO E ADORMECENDO A FEMEA. LÁ DENTRO DE CASA, DORMEM MEUS FILHOS E ESPREGUIÇA-SE ADRIANA VINDA DE SEUS SONHOS, TAMBÉM DE OUVIDOS MOUCOS PARA O MEU MUDO CANTO, CHAMADO PARA A COMPANHEIRA VIR COMIGO ESCREVER A NOSSA HISTÓRIA NESSA NOVA PÁGINA DO TEMPO, QUE O CRIADOR, MISERICORDIOSAMENTE NOS ABRIU!!!